O
rio arrastou um vestígio da sua história:
uma
fragata
abandonada
à deriva…
Recordam
os que nela embarcaram
e
o seu nome batizaram.
Mas
o tempo apoderou-se da sua vida.
Fragata
esquecida pelo tempo que,
outrora,
transportava
os velhinhos
ondeando
sobre o rio que todos embalamos,
um
rio que nos toca,
que
tudo o que nos oferece abraçamos.
Fragata
do rio abandonada:
como
poderemos resgatar o teu brio perdido,
cujas
águas cristalinas ondulavam o teu ser
e
que, num ápice, viu-te desaparecer?
E
o tempo apoderou-se da tua vida.
Lobrigamos
uma réstia do que foste:
a
tua madeira apenas restou,
e
os corações salgados que conseguiste,
noutros
tempos, enternecer,
ancoraram,
em ti,
um
pedacinho do seu ser.
E
a fragata jaz, ali, esquecida.
Cristina
Pinto, 10-12-2014
Fotografia in:http://erhos.cadernovirtual.net/?page_id=2764
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