Um dia, estava eu na praia, a
brincar, quando encontrei um rasto de conchas em direção ao mar. Segui-o e
encontrei um peixe que respirava dentro e fora de água. E não só… Comia conchas
e também falava. Aproximei-me e perguntei-lhe:
- Tu falas mesmo?
- Sim, porquê? – admirou-se o peixe.
- Porque nunca vi um peixe a falar.
- Nunca ouviste peixes a falar porque eu sou o único peixe
que fala.
- E porque é que és o único peixe que fala?
- Porque eu nasci na Gruta da Flor Branca. Queres ir lá
comigo?
- Sim, sim. – respondi eu, entusiasmado.
O peixe fez um feitiço para eu poder respirar debaixo de
água e, então, lá fomos. Passámos por muitos peixes, corais e também por
cavernas até que chegámos. Vi lá muitos cristais, corais, etc… E eu questionei-o,
mais uma vez:
-
Mas, como é que, a partir deste lugar, conseguiste falar?
- Olha, estás a ver aqueles cristais, ali, em cima?
- Sim.
- Quando eu nasci, eram duas horas e, a essa hora, o sol
batia nos cinco cristais, formando uma estrela que veio na minha direção. E…
Fez-se magia.
-Ah! Faz sentido! Obrigada por me teres revelado este
mistério!
- De nada.
Aquele dia foi, para mim, uma autêntica odisseia.
João Rodrigues,
n.º9, 5.ºG
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