Dando continuidade à parceria do CREPT com a Biblioteca Municipal do Seixal iniciada em anos anteriores, teve lugar de 15 de Novembro a 6 de Dezembro, um leque de actividades muito significativas para os alunos no que concerne a motivação e o desenvolvimento de literacias leitoras, de escrita e artísticas, assim como de convivência e de afectividade. As sessões foram dinamizadas por escritores, contadores de histórias, actores, psicólogos, professoras, bibliotecárias e técnicas de biblioteca e realizaram-se nas diferentes escolas do agrupamento.
A coordenadora do CREPT agradece a fantástica colaboração dos professores Ana Bela Chaves, Ana Homem, Emília Sá Pereira, Joaquim Saial, Manuela Rolão, Maria Emília Roque, Maria José Borges, Rosa Narciso e Vera Carvalho e da assistente operacional Graça Ferreira que tornaram possível a concretização deste projecto de uma forma tão abrangente e de grande qualidade.
§ REPRESENTAÇÃO DOS AFECTOS NA ADOLESCÊNCIA
No dia 15 de Novembro, a turma do 9.º D, acompanhada pela professora Vera Tavares e a bibliotecária Vera Silva, participou numa sessão em que se falou de afectos, relações e problemáticas na adolescência. O psicólogo educacional Alfredo Leite dialogou de uma forma muito aberta, directa e precisa com os alunos, levando-os a reflectir sobre as mudanças na adolescência, na perspectiva: “O que quero para mim?”
Esta actividade interactiva contou com a projecção de imagens e a apresentação de pequenas histórias reais e imaginadas que enquadraram as questões fundamentais dando protagonismo aos alunos e apresentando exemplos práticos e pistas para o desenvolvimento de atitudes e comportamentos responsáveis. Promoveu também a leitura como forma de aprofundar o conhecimento dentro destas áreas.
§ TEATRO DE SOMBRAS
Os alunos da turma do 7.º E e a professora Etelvira Rodrigues foram o público da sessão “Teatro de sombras”, apresentada por Paula Salema, elemento da equipa do Espaço Jovem Biblioteca Municipal do Seixal, no dia 17 de Novembro, no espaço do CREPT.
Ao longo da actividade ficou-se a conhecer a origem e a lenda do teatro de sombras, várias curiosidades relacionadas com o tema, as diversas técnicas e materiais necessários para a consecução deste tipo de teatro.
Após um diálogo muito participado, os alunos passaram à acção e, em grupos, criaram as personagens de uma história que teatralizaram através de sombras chinesas.
No final, consideraram muito interessante e enriquecedora esta forma de contar histórias.
§ CONTO TRADICIONAL
No dia 18 de Novembro, no Anfiteatro da Escola Dr. António Augusto Louro, na sessão alusiva ao Conto Tradicional, realizada no âmbito da parceria entre a Biblioteca Municipal e o CREPT, os alunos foram mimoseados com a presença do contador de histórias, António Fontinha. Este começou a sua intervenção explicando-lhes a origem do conto tradicional e a sua evolução desde os tempos antigos até à actualidade. Posteriormente, contou e representou o conto “O colhereiro”, procurando, desta forma, preservar a memória das histórias antigas contadas pelos nossos avós.
Foi com grande prazer, atenção e deleite que os alunos e professoras ouviram e viram esta história. A fala densa do gigante contrastava com a voz doce e fina da filha mais nova do colhereiro, que depois de muitas artimanhas conseguiu salvar as irmãs.
O sorriso, estampado no rosto dos participantes, foi a evidência de um momento bem passado e inesquecível, assim o comprovaram os resultados da avaliação da actividade.
§ LEITURAS ANDARILHAS NO CREPT COM O ESCRITOR JOAQUIM SAIAL
No dia 18 de Dezembro realizou-se no CREPT mais uma sessão da série “Leituras Andarilhas”, desta vez dirigida ao 6.º B e orientada pelo professor Joaquim Saial. Tratou-se da leitura comentada de “O Velho e o Mar”, do escritor americano Ernest Hemingway, livro escrito em Cuba em 1951 e publicado em 1952. É uma narrativa simples mas de grande profundidade de sentimentos, cujos participantes são o velho pescador sem sorte Santiago e um miúdo, Manolín.
Na história, Santiago está em maré de azar, pois há quase três meses que não consegue apanhar um peixe mas Manolín, sempre acreditando nas capacidades do amigo, incentiva-o a voltar à faina. Na manhã do 85.º dia de infortúnio, na sua pequena canoa e sozinho (porque como era azarado os pais de Manolín já nem o deixam acompanhar o velho), Santiago consegue capturar um peixe, enorme que infelizmente acaba por ser comido pelos tubarões, após longa luta. Assim, volta a casa apenas com uma descomunal espinha atada ao barco, reconquistando a admiração dos colegas.
Corajoso, não só não desistiu de lutar contra o peixe como contra os tubarões que o devoraram. Santiago assume portanto o papel do lutador que vai até ao fim, nunca desistindo, mesmo que sofra uma derrota. Outro aspecto a considerar é o da amizade entre os dois protagonistas, pois Manolín acreditou sempre no seu velho companheiro, mesmo quando isso não acontecia com todos os outros.
A sessão foi ainda enriquecida com um powerpoint sobre o escritor e a sua obra, através de imagens de diversas fases da sua vida e de livros seus.