Uma
história do mar: a de um pescador audaz
Josué era um pescador muito audaz. A família de Josué o
esperava para o jantar.
Josué tinha saído, de madrugada, para pescar,
em busca de sustento para a família. O pescador, para trás, deixava a sua
mulher e os dois filhos: um menino e uma menina. Preparava-se para mais um dia,
mais uma alvorada. Antes de entrar no seu barco, rezava à Nossa Senhora do Mar.
Ele, mal entrou no barco, pressentiu umas palavras que o
vento lhe dizia:
- Cuidado com o mar, hoje está pujante!
Josué lembrou-se que, outrora, o seu pai falecido lhe dizia:
- Filho, se quiseres ter esta profissão, tens de ser audaz.
Entrou no seu barco e lá partiu.
Posteriormente, após percorrer várias milhas, começou a
sentir umas pingas a cair sobre o seu rosto. Iam caindo, cada vez mais fortes
e, de um momento para o outro, as ondas pujantes não deixaram Josué escapulir.
Depois de tanto lutar contra aquelas ondas aterradoras, tinha perdido a força e
deixou-se levar.
No final da tempestade, um corpo acabou por dar à costa e, no
momento em que o corpo veio com as ondas da rebentação, um pescador olhou e viu
que era o corpo de Josué. O tal pescador foi logo informar a família.
No dia seguinte, foi o funeral de Josué, mas não um funeral
qualquer. Josué tinha sido colocado num barco e fora levado pelas ondas.
O seu último desejo era mesmo esse: quando morresse, que
fosse levado pelas ondas. E assim foi.
Josué
era mesmo um pescador audaz. Só queria o melhor para a sua família, mas, desta
vez, não acabou bem para o seu lado.
Mesmo depois da morte, Josué acompanhou a sua família,
tornando-se no seu anjo da guarda.
Vítor Marques, nº28, 6ºC
Imagen in: http://www.abi.org.br/pescador-2/
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