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23/11/2015

O Cenourinha Saltitão





O Cenourinha Saltitão

Num dia de verão, na quinta do seu avô, Cenourinha resolveu dar um passeio até ao prado.

Sentia o vento fresco a bater-lhe na cara. Parecia que o vento possuía mãos e lhe acariciava o seu rosto. A erva que invadia o prado era bastante espessa. O vento escovava os seus cabelos, suavemente, para a frente e para trás. Que dia maravilhoso e resplandecente!

Nesse dia, Cenourinha decidiu apanhar um grilo para que pudesse ouvir, à noite, o cricrilar do bichinho e pôs-se a caminho.

Pelo prado fora, eram tantas as tocas que encontrava, por conseguinte, não sabia por onde haveria de começar. Então, pegou numa palhinha e, devagarinho, tentou, a todo o custo, chegar ao fundo da toca. Fazia cócegas no grilo para ele sair. E, com muita paciência, lá conseguiu o Cenourinha apanhar um.

 Quando, finalmente, o colocou na palma das suas mãos, eis que o nosso grilo se esquivou. E… Zás! Salta para o chão, e o Cenourinha, todo atrapalhado, observou os seus saltos com atenção. Frustrado, resolveu persegui-lo. Mas, em vez de correr, imitava o grilo, dando sempre saltinhos para a frente. Coitado do Cenourinha! Começou a cansar-se, mas, teimoso, continuou. Quem é que o parava? Ele nem para os lados olhava!

De repente…Splash! O Cenourinha caiu ao lago! Que grande molha! Todo encharcado, reparou que o grilo, pelo caminho, cricrilava e o nosso amigo, desconsolado, o observava.

Na vida, cada ser vivo deverá ocupar o seu lugar e nada de imitar, pois poderá ter azar.



Cris Pinto

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