O Cenourinha Saltitão
Num
dia de verão, na quinta do seu avô, Cenourinha resolveu dar um passeio até ao
prado.
Sentia
o vento fresco a bater-lhe na cara. Parecia que o vento possuía mãos e lhe acariciava
o seu rosto. A erva que invadia o prado era bastante espessa. O vento escovava
os seus cabelos, suavemente, para a frente e para trás. Que dia maravilhoso e
resplandecente!
Nesse
dia, Cenourinha decidiu apanhar um grilo para que pudesse ouvir, à noite, o cricrilar
do bichinho e pôs-se a caminho.
Pelo
prado fora, eram tantas as tocas que encontrava, por conseguinte, não sabia por
onde haveria de começar. Então, pegou numa palhinha e, devagarinho, tentou, a
todo o custo, chegar ao fundo da toca. Fazia cócegas no grilo para ele sair. E,
com muita paciência, lá conseguiu o Cenourinha apanhar um.
Quando, finalmente, o colocou na palma das
suas mãos, eis que o nosso grilo se esquivou. E… Zás! Salta para o chão, e o
Cenourinha, todo atrapalhado, observou os seus saltos com atenção. Frustrado, resolveu
persegui-lo. Mas, em vez de correr, imitava o grilo, dando sempre saltinhos
para a frente. Coitado do Cenourinha! Começou a cansar-se, mas, teimoso, continuou.
Quem é que o parava? Ele nem para os lados olhava!
De
repente…Splash! O Cenourinha caiu ao lago! Que grande molha! Todo encharcado,
reparou que o grilo, pelo caminho, cricrilava e o nosso amigo, desconsolado, o
observava.
Na
vida, cada ser vivo deverá ocupar o seu lugar e nada de imitar, pois poderá ter
azar.
Cris
Pinto
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